Secretaria Municipal de Educação
Diretoria Regional de Educação do Ipiranga
TURMA:
MINI GRUPO I C
Professoras: Adelaide e Lindalva
Famílias,
Logo que
começamos a nos conhecer, registramos com muito carinho a nossa carta de
intenções para o trabalho no ano letivo de 2020 para o nosso agrupamento. Hoje
temos a oportunidade de revisitá-la e reescrevê-la. O inédito e inesperado
fazem parte das nossas vidas e nelas estão pautadas nossas ações. Estamos
vivendo um tempo de pandemia. Esta epidemia mundial que chegou sem receitas de
como enfrentá-la e o que nos acalma é a oportunidade de atravessarmos juntos
esta fase, pensando nas crianças e nos contextos que vivem além da escola,
afinal a comunidade escolar é muito importante para nos fortalecermos no
coletivo. A parceria das famílias, registrada anteriormente na nossa carta de
intenções, hoje é ainda mais potencializada, pois a melhor forma de efetivar a
qualidade da educação pela equidade,
igualdade dos direitos que devemos refletir em nosso papel social, se
faz ainda mais oportuno, principalmente no que diz respeito a garantia das interações
e brincadeiras que precisam estar presentes no dia a dia considerando nossos
bebês e crianças como seres criativos e autores do seu brincar, que desenvolve a linguagem, o pensamento e
descobre o mundo pela investigação e imaginação. Tanta coisa né? Parece
complicado, mas a nós cabe o papel da escola em entender e oportunizar boas
vivências para as crianças desenvolverem estas habilidades. Às famílias, cabe
receber com carinho as nossas sugestões e a partir delas experimentar momentos
preciosos de interação e brincadeiras no ambiente familiar, sendo livres pra
imaginar e criar, de forma divertida, entregando-se a estas vivências com
leveza. Sabendo que não é fácil este período, o registro do que estão vivendo e
os desafios de como família e crianças estão lidando, como se sentem, como se
organizam e como estão se reinventando, por meio dos comentários e registros nos
canais que teremos de comunicação, será um importante elo na formação da nossa
rede de apoio. Este
é também um tempo de pensarmos a solidariedade que vai além do termo “ajudar” e
juntos esperamos encontrar possíveis caminhos de nos mobilizarmos com o grupo
de pais a agir com nossas habilidades frente as desigualdades, além das que já
existem até as que podem estar por vir. Assim na medida do possível, nos nossos
contatos via Classroom, redes sociais e outras formas possíveis, sem perder de
vista o isolamento social do momento, podemos vislumbrar ações que vão além,
para o período também inédito pós pandemia, inspirados nos Objetivos de Desenvolvimentos
Sustentáveis posto no nosso currículo. Assim pensamos em propor ações que
envolve a parceria do entorno, vizinhos do CEI, e outros possíveis contatos,
como associações de bairro do contato dos pais, no que diz respeito aos ODS que
tratam de sustentabilidade, equidade, erradicação da pobreza, saúde e bem
estar, trabalho, inovação e infraestrutura, e cidade sustentável, ações já
pensadas para planejarmos juntos, professoras e pais. Isso só é possível com o engajamento e a
aceitação deste convite pelas famílias e comunidade escolar. Com relação ao contato afetivo
com as crianças e estreitamento dos vínculos, além da acolhida necessária e a
compreensão das famílias a este novo período das crianças se readaptarem ao
ambiente escolar, temos em vista que os sentimentos despertos no período de
isolamento, o período pós pandemia, nos exige empatia principalmente no que diz
respeito as emoções expressas pelas crianças num olhar atento e escuta para
ações conjuntas. Assim para que esta fase se dê de maneira tranquila, ações
pedagógicas voltadas às rodas de música, conversa, escuta, tende a colaborar
nas nossas reconexões ao ambiente do CEI, além de brincadeiras que despertem
para a sensação do reconhecimento e a partir dele propor novos desafios pelo
conhecido e pela estranheza, pelo desconhecido e a partir destas sensações,
brincando, os pequenos vão tendo a oportunidade de reagir diante do que nos é
inédito. O despertar desta capacidade é essencial para atravessarmos períodos
como este e para que o sentimento de que podemos transformá-lo em algo belo que
nos tragam sentimentos bons de superação. Assim sugerimos coletivamente
traduzir isso numa ação prática de construir junto aos pais na parede do lado
externo da sala, ampliando para o parque de fundo a este espaço, um cantinho
com materiais de larga escala, juntamente com plantas aromáticas, flores e outros
elementos da natureza viva. E nascendo este nosso canto, poderemos exercer
autoria de crianças e famílias podendo identificá-lo como nosso ateliê de
descobertas, uma extensão da nossa sala neste momento pós isolamento que tanto
queremos ter o lado de fora, tornando este espaço um lugarzinho de ser, de ouvir os pássaros que
nossas flores chamarão, um lugar de
visitar a imaginação, as cores, cheiros, sabores. No aconchego da nossa rede,
um lugar de ser criança, brincar, descansar, lugar de sorrir e florir. Vem com
a gente?
Professoras
Lindalva e Adelaide
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